História
O Arquivo Distrital de Évora, que abrange um total de 14 concelhos, foi criado pelo Decreto n.º 2859, de 29 de Novembro de 1916 (retificado posteriormente), o que o torna o terceiro mais antigos do País e um dos poucos a funcionar regular e ininterruptamente até hoje.
A necessidade da sua existência esteve sobretudo ligada às incorporações efetuadas ou em vias de realização de documentação relativa à Diocese e ao Distrito de Évora que interessava à história da região e que tinha sido recolhida provisoriamente na Biblioteca Pública de Évora.
Segundo o citado Decreto, o Arquivo Distrital era criado em anexo à Biblioteca Pública de Évora e subsidiado pela Câmara Municipal de Évora, tendo sido instalado no Convento dos Loios, expropriado em 1915 à Família Cadaval. Ao longo do tempo, e enquanto se encontrava unido à Biblioteca Pública, com a designação englobante de Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Évora, foram sendo integradas sistematicamente novas espécies nos Fundos indicados, sendo o volumoso acervo atual, muito completo desde o séc. XVI, de grande interesse histórico e cultural.
A decisão de criar a Pousada dos Loios no edifício onde se localizava o Arquivo Distrital levou a que o seu acervo, tal como o da Hemeroteca da Biblioteca Pública, fosse transferido para duas alas do Colégio do Espírito Santo, que lhes foram afetas pelos despachos do Senhor Ministro da Educação Nacional de 06 de junho de 1962 e de 15 de novembro de 1962. Noutras alas do mesmo edifício funcionava então o Liceu de Évora. Com a refundação da Universidade de Évora, em 1979, houve necessidade de lhe atribuir instalações, o que foi efetuado através do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 325/80, de 26 de agosto, no qual se estipulou que lhes eram entregues “o edifício e demais instalações em que funcionou o Liceu Nacional de Évora até final do ano lectivo de 1978-1979”. Excluindo, deste modo, as partes do Colégio do Espírito Santo afetas ao Arquivo Distrital e à Hemeroteca.
Considerando a especificidade do Arquivo em relação à Biblioteca Pública, e fazendo justiça ao seu valor e prestígio, bem como ao interesse, extensão e relevância do seu acervo, foi decidido superiormente separá-lo da Biblioteca, com designação igual à inicial de Arquivo Distrital de Évora, o que foi determinado pelo Decreto-Lei n.º 60/97 , de 20 de Março.
Na sequência deste processo, foram as instalações remodeladas e beneficiadas e o seu recheio, a nível de mobiliário, maquinaria e equipamento, enriquecido, visando-se um mais eficaz funcionamento e um melhor atendimento dos investigadores.
Atualmente encontram-se os depósitos próximos do limite da capacidade, mas com um enorme esforço de otimização do espaço levado a efeito pelo pessoal do Arquivo Distrital tem sido possível proceder a novas incorporações, nomeadamente, das conservatórias do Registo Civil, dos cartórios notariais, dos tribunais judiciais e do extinto Governo Civil.
Para saber mais sobre a História do Arquivo Distrital de Évora poderá consultar o livro publicado no dia 29 de novembro de 2016, data em que se assinalaram 100 anos sobre a criação desta entidade.
Diretores do Arquivo Distrital
António Joaquim Lopes da Silva (1916-1937)
Luís Silveira (1937-1944)
Armando Nobre de Gusmão (1944-1967)
Leandro Sequeira Alves (1967-1986)
Isabel Cid (1986-2010)
Paulina Araújo (2010)
Pedro Pereira (2010-2014)