10 de Abril de 2019
Documento do mês de abril de 2019
Constituição da Companhia Eborense
O documento em destaque no mês de abril é a escritura que efetivou a constituição da sociedade anónima de responsabilidade limitada denominada “Companhia Eborense”, fundadora do Teatro Garcia de Resende. A escritura foi redigida pelo tabelião Joaquim Maria Pinto a 1 de abril de 1881 na Rua Vasco da Gama, nas instalações do Círculo Eborense.
Foram outorgantes um grupo de cidadãos eborenses, pertencentes à elite local, que se uniram para fundar um teatro em Évora. Os mesmos cidadãos com autorização dos acionistas da companhia e porque estavam reunidas todas as condições exigidas no art.º 4º da Lei de 22 de junho de 1867, lei que estabeleceu em Portugal a regulamentação das sociedades anónimas de responsabilidade limitada, quiseram através de escritura pública legalizar os estatutos da “Companhia Eborense”.
Os membros da companhia que, no final da escritura, assinaram foram:
– Francisco Guedes de Carvalho e Menezes da Costa, 1º Visconde de Guedes, como presidente da Assembleia Geral da Companhia Eborense;
– João Baptista Rolo, como vice presidente da companhia;
– Dr. Henrique da Cunha Pimentel e Leopoldo César de Noronha Gouveia, como secretários da assembleia geral da companhia;
– Joaquim Avelino Machado, como tesoureiro da companhia;
– José Maria Ramalho Dinis Perdigão, Dr. Tomás Fiel Gomes Ramalho, Joaquim Sebastião Limpo Pimentel e Inácio da Conceição Ferreira, como diretores efetivos da companhia;
– Augusto César Franco, Domingos António Fiúza, Dr. João António de Carvalho, Simão da Fonseca Lemos Monteiro, Francisco Xavier Rosado, como vogais suplentes da direção da companhia;
– Fernando António Rodrigues Teixeira Mourão e Luís Augusto Pimentel Pinto, como vogais efetivos do conselho fiscal da companhia;
– José Maria de Sousa Matos, Gaspar Falcão Costa de Bourbon e Menezes, Gaspar Teixeira de Sousa de Magalhães e Lacerda, como vogais suplentes do conselho fiscal da companhia;
– Dr. Francisco Inácio da Calça e Pina, Dr. José Francisco da Gama Freixo e Manuel José Carreta, como vogais efetivos do conselho dramático;
– Gabriel Victor do Monte Pereira, Jerónimo José de Sales Lobo e Augusto Cândido de Campos Enes, como vogais suplentes do conselho dramático.
Cota: Cartório Notarial de Évora, liv. 1957, f. 93vº a 97 vº