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Notícias

8 de Novembro de 2021

Documento do mês de novembro de 2021

O Mundo está a atravessar uma situação pandémica que ficará na História da humanidade. O Covid19 tem vindo a matar milhões de pessoas sem distinção de sexos, idades ou classe social.

Mas, ao longo dos séculos, foram muitas as doenças infecciosas que provocaram elevadíssimas vítimas e que, como nos dias de hoje, tiveram consequências nocivas ao nível social, económico e político. Doenças como a Lepra, a Peste Negra, a Peste Bubónica, a Cólera, a Tuberculose (Peste Branca ou Tísica Pulmonar), a Varíola, o Sarampo, a Pneumónica ou Gripe Espanhola, HIV, a Gripe A e outras.

Uma das doenças que no séc. XIX e XX proliferaram por todo o Mundo foi a Tuberculose, doença infectocontagiosa que matou milhões de pessoas.

Portugal não foi exceção e, no séc. XIX, a Rainha D. Amélia criou, pela Lei de 17 de agosto de 1899, a organização de Assistência Nacional aos Tuberculosos (A.N.T.), com a finalidade de dar assistência e cuidados médicos aos doentes infetados. Foram criados fundos de beneficência para a defesa sanitária contra a tuberculose, revertendo a receita angariada para a criação e manutenção de hospitais e sanatórios, bem como para o internamento e tratamento dos doentes. Desde o séc. XIX até meados do séc. XX foi desenvolvido um vasto trabalho de consciencialização das populações sobre a doença e sobre as medidas sanitárias para prevenção da mesma. Foram difundidos diversos programas sanitários da A.N.T. e efetuadas diversas campanhas de publicidade na luta contra a doença.

Uma das medidas implementadas na luta contra a Tuberculose, por diversos países, foi a edição de selos. A venda dos selos era um contributo de caráter voluntário e a receita angariada revertia para a causa.

É neste contexto que se encontra o documento do mês de novembro: a memória da luta contra a tuberculose através dos selos nos documentos do arquivo.

Os selos da Assistência Nacional aos Tuberculosos que divulgamos datam de 1930 a 1933.

Foram identificados, até ao momento, duas edições de selos, cada uma delas editada em diversas cores. Na edição de 1930-1931 pode ver-se uma mãe que ergue o filho, entregando-o a Deus para receber a sua proteção contra a doença e, na edição de 1932-1933, consta uma nau portuguesa e a indicação de que revertia para a assistência aos tuberculosos pobres. Cada edição de selos tem em comum a referência à A.N.T. e a Cruz de Lorena, antigo símbolo cristão que foi proposto para representar a luta contra a tuberculose, em 1902, pelo médico francês Gilbert Sesiron numa Conferência Internacional. A Cruz de Lorena tornou-se, assim, no símbolo da luta contra a tuberculose e constou em todos os selos anti-tuberculose que foram editados em diversos países.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cota: F: Tribunal da Comarca de Reguengos de Monsaraz, SR: A, SR: 001-Inventários orfanológicos, doc. 1721, doc. 1758, doc. 1762 e doc. 1812

 

 

Esta notícia foi publicada em 8 de Novembro de 2021 e foi arquivada em: Documento do mês, Documento em destaque.