8 de Setembro de 2025
Documento do mês de agosto de 2025
Até ao séc. XIX, nomeadamente até 1840, era prática comum os corpos serem sepultados nas igrejas. É notória a existência de uma hierarquia dentro das mesmas, ficando as famílias de elevado estatuto social, como nobres, eclesiásticos ou pessoas abastadas com os lugares privilegiados junto aos altares e em capelas particulares, locais que segundo a ideologia católica os deixava mais próximos de Deus. Já o povo era sepultado no adro das igrejas em covas em que colocavam vários corpos, como podemos testemunhar nos livros de registos de óbito das paróquias, mas existiam algumas exceções.
Para documento do mês de agosto selecionou-se a “Planta das sepulturas da Igreja de Santo António de Capelins” que se encontravam na Capela-mor, no Altar do Rosário e no Altar das Almas, para os sacristãos se orientarem na abertura das covas pela antiguidade dos enterros, regulando-se pelo número das mesmas. Em baixo consta uma sugestão para os párocos anotarem, nos registos, o número da sepultura em que enterravam os defuntos, para os sacristãos se orientarem na abertura da cova seguinte, e não enterrassem “…um corpo sobre outro antes de ser consumido…”, como já acontecera. Ao folhear o livro verificou-se que a maior parte dos párocos não aplicou o que lhes fora sugerido.
Cota: Paróquia de Santo António de Capelins, SR: 003 – Livros de registos de óbito, Liv. 14, f. 1vº (Data: 1792-1807)