16 de Setembro de 2019
Documento do mês de setembro de 2019
Homens da governança do Município de Évora de 1593 a 1703
O documento que destacamos no mês de setembro encontra-se inserido no livro de atas da vereação do senado da Câmara de Évora de 1583 a 1584. Os escrivães da Câmara do séc. XVII e XVIII, possivelmente para aproveitarem os fólios deste livro e não perderem informação, redigiram neles cópias de registo de documentos diversificados.
Entre esses registos consta o documento que selecionámos: o “Rol das pessoas que andam atualmente na governança desta cidade de Évora e servem nela de Vereadores”.
O senado da câmara era constituído por um Juiz de Fora, três vereadores e um procurador da cidade (também denominado procurador do concelho). O juiz era nomeado pelo rei e os restantes eram eleitos entre os homens nobres e letrados da cidade de Évora.
A escolha dos vereadores nomeados era muito seletiva e os lugares da vereação, a quem cabia zelar pelo bem estar da cidade e dos moradores, estavam somente acessíveis a quem já os tivesse ocupado ou aos seus descendentes e à fidalguia. Normalmente uma família podia dirigir o município durante décadas ou até séculos, como se depreende no documento que destacamos.
Várias famílias ocuparam durante largas décadas os principais cargos do município, designadamente as seguintes: “Macedo”, Sequeira”, “Brito”, “Botelho”, “Passanha”, “Cobelos”, “Sarria”, “Silveira”, “Correia de Azeredo”, “Zagalo”, “Valadares”, “Vasconcelos”, “Estibeiro”, “Casco e Melo”, “Melo”, “Mascarenhas”, “Lobo”, “Lobo da Gama”, “Lobo de Figueredo Homem”, “Homem”, ”Falcão”, Castelo Branco”, “Castro”, “Cardoso Moniz” e “Cordovil de Brito”.
Cota: Arquivo Histórico Municipal de Évora, livro 5