3 de Maio de 2023
Documento do mês de maio de 2023
A Guarda Nacional Republicana tem os seus primeiros percursores no Corpo de Quadrilheiros, formalmente instituído em 1383 pelo rei D. Fernando no âmbito da crise dinástica. Ao longo dos séculos foi tomando outros nomes e sofreu reformulações, orientando-se sempre para o combate a salteadores e criminosos, com o intuito de fazer reinar a paz e a tranquilidade pública.
No século XVIII o quadro social em Portugal atravessa uma crise devido ao terramoto de 1755. Os Quadrilheiros mostram-se incapazes no combate dos criminosos. Cria-se, pela mão do Marquês de Pombal, a Intendência-Geral da Polícia da Corte e do Reino. Esta vai sendo renomeada e reformulada até que, a 10 de dezembro de 1801, foi decretada a criação da Guarda Real da Polícia de Lisboa, pelo ministro Rodrigo de Sousa Coutinho. Foi a primeira guarda profissional, uniformizada e armada.
Já no século XIX, com o fim do Antigo Regime em 1834, substitui-se a Guarda Real da Polícia pelas Guardas Municipais que visavam a segurança, o sossego, a tranquilidade pública e o cumprimento das normas municipais e das leis do Reino.
A Instauração da República em Portugal a 5 de outubro de 1910 permitiu que no ano seguinte se criasse formalmente a Guarda Nacional Republicana, no dia 3 de maio de 1911, celebrando este ano o seu 112º aniversário. Para assinalar esta data o Arquivo Distrital de Évora disponibiliza o documento onde consta uma Relação dos indivíduos que foram apresentados para a Guarda Nacional do concelho de Montoito a 15 de outubro de 1834, no qual se pode verificar que todos os homens possuíam emprego, com exceção de um, que era “Filho de Família”.
Cota: Governo Civil, documentação não tratada.